A campanha liderada pelo Pr. Silas Malafaia na TV e na internet, resultou em mais de um milhão de assinaturas e na presença de mais de vinte mil pessoas em Brasília em manifesto contra a PL 122. O Jornal Nacional, na edição de ontem, 01/06, ao noticiar o fato, fez o que chamo de "seu jornalismo histórico": direcionar a notícia de acordo com suas conveniências. Propositalmente coloca a entrevista com o Pr. Silas Malafaia primeiro, e depois a de um Deputado, o Jean, ex Big Brother, cujo papel é inexpressivo neste processo, só apareceu por ter participado da famosa casa do reality show global. A sua fala fica para o final, pois todos já sabem que esta é uma tática da psicologia poderosa: as últimas imagens e sons são os que influenciam quem vê e ouve.
Na fala do Deputado Global, a filosofia da emissora líder de audiência na mente dos desavisados: os crentes discriminam sim os homossexuais. Olha o que ele diz:
"...os pastores não podem dizer que os homossexuais são frutos do demônio, que os homossexuais são abominação e que por isso merecem ser eliminados da face da terra." Perceberam a maldade das palavras de um cara que se diz legislador desta nação? Perceberam a calúnia, a infâmia? A Globo poderia falar do sucesso da campanha do Pr. Silas e seus pares, mas ao invés disso, resolveu taxar os evangélicos como homofóbicos mais uma vez usando as palavras de seu interlocutor, o Deputado Jean.
Se houvesse verdade no discurso tendencioso do Deputado BBB, possivelmente as Delegacias e os tribunais estariam cheios de processos contra líderes evangélicos.
Outra coisa: ele só se refere a pastor, como se só os pastores tivessem opinião contrária à da prática homossexual. E ele e a mídia toda sabe que a sociedade brasileira pensa como os evangélicos que tem como regra de prática e de fé a Bíblia Sagrada, que inclusive serviu de base para a elaboração da carta Magna desta nação e isto já foi demonstrado até através do programa onde ele foi protagonista.
Uma das provas de que a reportagem teve a intenção de mostrar que só os evangélicos "implicam" (eles que querem dizer) com os homossexuais, é que fez questão de salientar que "evangélicos e alguns grupos de católicos protestaram contra o projeto". Veja: quando cita a representação evangélica, diz: "evangélicos". Esta citação dá a entender que a nação evangélica estava lá (oxalá estivesse), logo o protesto é deles, os contra, são eles. Quando cita: "alguns grupos de católicos", quer dar a entender que os católicos não são contra a prática homossexual, mas "alguns grupos". Para uma nação como o Brasil, onde a maioria ainda é católica, esta é uma mensagem bem conveniente. A mensagem por trás é: "O Brasil não é contra a PL 122, só os evangélicos".
Críticas à parte, precisamos pensar que, primeiro: os evangélicos precisam de uma liderança nacional como a do Silas, que os conscientize de seu papel como corpo de Cristo e cidadãos deste país. Segundo: ainda que façamos manifestos (é direito nosso), temos também que entender que "já o espírito do anti Cristo opera" e que "é já a última hora", logo, nosso papel como Corpo de Cristo pregando a Palavra e resgatando vidas das garras do diabo, devem ser mais evidentes que aqueles em que temos o direito para protestar. Que continuemos com o nosso papel de resgatar todo homem distante de Cristo, homossexuais ou não.
A proposta da PL 122, como disse a reportagem, está na Comissão dos Diretos Humanos e a Relatora Marta Suplicy negocia com Parlamentares mudanças em alguns pontos do projeto.
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