Antes de postar este artigo (?), procurei pesquisar acerca da crítica e da pessoa do crítico para fundamentar minha inspiração momentânea. As definições são inúmeras, mas no entender deste eterno aluno da vida, a maioria delas são iguais e paradoxalmente indefinidas. Então resolvi ser mais um a indefinir, porém, fazendo de forma diferente e estreante.
Primeiro quero começar dizendo o que todo mundo já sabe: não há crítica construtiva ou destrutiva. Dizer que há uma ou outra é descaracterizar a crítica, é tornar sem razão sua real definição. De quais elementos dependem a crítica? Quero citar apenas três:
Primeiro: da visão de vida do crítico. Toda crítica é resultado do tipo de conceitos e convicções que o autor da crítica tem.
Segundo: do constante questionamento do crítico. O questionamento, a possibilidade de outras vertentes, de outras saídas e respostas.
Terceiro: do entendimento de que, o que se ouve ou se vê, pode não ter seu fim em si mesmo. Partindo do homem, nada é absoluto. Nem tudo que ouvimos pode ser a verdade, a resposta.
Bem, de posse destes elementos fundamentais, posso fazer uma crítica. Aliás, estes elementos surgem na Grécia antiga de Platão, Aristóteles e Sócrates. Os discursos da decadência da sociedade em seus dias, discursos estes que serviram para lançar as bases da filosofia moderna, tiveram como elementos fundamentais: a visão que eles tinham da vida, seus conceitos sobre o homem, Deus, as leis, etc., o questionamento, pode-se dizer, infindável, que fizeram a sociedade de então decair em seus princípios morais, e o entendimento de que os conceitos até então defendidos, não tinham seu fim em si mesmo.
Bem, eu não poderia me ousar a fazer uma definição pessoal de crítica sem antes recorrer à etimologia da palavra. Para tanto, considerei salutar a interferência saudável de Débora Costa e Sila em seu artigo "O que é crítica afinal?": "A etimologia de 'crítica' vem da palavra grega 'krimein', que significa 'quebrar' e também influenciou na formação da palavra 'crise'. A idéia da crítica é 'quebrar' uma obra em pedaços para se por em 'crise', a idéia que antes se fazia daquele objeto, através de uma análise." (Nestrovski)
Portanto, a crítica termina sendo sempre construtiva. Por mais que ela tenha elementos que pareçam ser destrutivos, na verdade tais elementos servirão de conduto na busca pela perfeição. Se alguém berra, adjetiva, aponta erros e não soluções, este está longe de ser um crítico. O crítico não tem compromisso com as vertentes, e, pasme, nem com a sua própria. Seu compromisso é com o que o tal considera ser a verdade.
Há um texto interessante em Isaías 1:12 que diz: "Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?"
Não tenho dúvida de que Isaías estava sendo extremamente crítico. A crítica é feita ao culto, à vida religiosa hipócrita e improdutiva de Israel e colocou em crise quem o ouviu. O que parecia ser o certo foi questionado. O que se fazia só para cumprir uma formalidade foi questionado e proporcionou a discussão, a reflexão, gerou uma crise da idéia que antes se tinha sobre o culto a Deus.
Um fator importante na crítica deve ser a imparcialidade. O crítico não tem lado, suas observações tem compromisso com princípios adquiridos ao longo de sua vida e obedece a uma visão de vida que vai sempre embasar sua crítica.
Diante do exposto, o bom crítico é crítico de si mesmo e conhecedor de suas limitações. Jesus em Mateus 7:3, disse: "E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho?" A maioria das pessoas interpretam este texto como se não pudéssemos, em tempo algum, criticar alguém, porque temos sempre uma trave em nosso olho. Mas não é isto o que o texto diz, pois o versículo 5 diz: "Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidará em tirar o argueiro do olho do teu irmão."
Jesus chamou de hipócrita quem criticou o próximo, sem fazer uma auto crítica. E a idéia do texto do versículo 5 é: "Você pode criticar seu irmão, desde que, antes, seja crítico de si mesmo".
Só quando consigo questionar a mim mesmo, ver meus pontos volúveis, enxergar minhas limitações, apontar meus próprios erros, é que estarei apto a fazer o mesmo com os outros.
Sim, sou crítico convicto dos próprios erros.
Primeiro quero começar dizendo o que todo mundo já sabe: não há crítica construtiva ou destrutiva. Dizer que há uma ou outra é descaracterizar a crítica, é tornar sem razão sua real definição. De quais elementos dependem a crítica? Quero citar apenas três:
Primeiro: da visão de vida do crítico. Toda crítica é resultado do tipo de conceitos e convicções que o autor da crítica tem.
Segundo: do constante questionamento do crítico. O questionamento, a possibilidade de outras vertentes, de outras saídas e respostas.
Terceiro: do entendimento de que, o que se ouve ou se vê, pode não ter seu fim em si mesmo. Partindo do homem, nada é absoluto. Nem tudo que ouvimos pode ser a verdade, a resposta.
Bem, de posse destes elementos fundamentais, posso fazer uma crítica. Aliás, estes elementos surgem na Grécia antiga de Platão, Aristóteles e Sócrates. Os discursos da decadência da sociedade em seus dias, discursos estes que serviram para lançar as bases da filosofia moderna, tiveram como elementos fundamentais: a visão que eles tinham da vida, seus conceitos sobre o homem, Deus, as leis, etc., o questionamento, pode-se dizer, infindável, que fizeram a sociedade de então decair em seus princípios morais, e o entendimento de que os conceitos até então defendidos, não tinham seu fim em si mesmo.
Bem, eu não poderia me ousar a fazer uma definição pessoal de crítica sem antes recorrer à etimologia da palavra. Para tanto, considerei salutar a interferência saudável de Débora Costa e Sila em seu artigo "O que é crítica afinal?": "A etimologia de 'crítica' vem da palavra grega 'krimein', que significa 'quebrar' e também influenciou na formação da palavra 'crise'. A idéia da crítica é 'quebrar' uma obra em pedaços para se por em 'crise', a idéia que antes se fazia daquele objeto, através de uma análise." (Nestrovski)
Portanto, a crítica termina sendo sempre construtiva. Por mais que ela tenha elementos que pareçam ser destrutivos, na verdade tais elementos servirão de conduto na busca pela perfeição. Se alguém berra, adjetiva, aponta erros e não soluções, este está longe de ser um crítico. O crítico não tem compromisso com as vertentes, e, pasme, nem com a sua própria. Seu compromisso é com o que o tal considera ser a verdade.
Há um texto interessante em Isaías 1:12 que diz: "Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?"
Não tenho dúvida de que Isaías estava sendo extremamente crítico. A crítica é feita ao culto, à vida religiosa hipócrita e improdutiva de Israel e colocou em crise quem o ouviu. O que parecia ser o certo foi questionado. O que se fazia só para cumprir uma formalidade foi questionado e proporcionou a discussão, a reflexão, gerou uma crise da idéia que antes se tinha sobre o culto a Deus.
Um fator importante na crítica deve ser a imparcialidade. O crítico não tem lado, suas observações tem compromisso com princípios adquiridos ao longo de sua vida e obedece a uma visão de vida que vai sempre embasar sua crítica.
Diante do exposto, o bom crítico é crítico de si mesmo e conhecedor de suas limitações. Jesus em Mateus 7:3, disse: "E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho?" A maioria das pessoas interpretam este texto como se não pudéssemos, em tempo algum, criticar alguém, porque temos sempre uma trave em nosso olho. Mas não é isto o que o texto diz, pois o versículo 5 diz: "Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidará em tirar o argueiro do olho do teu irmão."
Jesus chamou de hipócrita quem criticou o próximo, sem fazer uma auto crítica. E a idéia do texto do versículo 5 é: "Você pode criticar seu irmão, desde que, antes, seja crítico de si mesmo".
Só quando consigo questionar a mim mesmo, ver meus pontos volúveis, enxergar minhas limitações, apontar meus próprios erros, é que estarei apto a fazer o mesmo com os outros.
Sim, sou crítico convicto dos próprios erros.
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