Pra que figura mais desgastada que a do político? Pra que palavra empenhada mais desacreditada que a do político? Lembra quando a alguns anos atrás, alguns crentes tinham horror à palavra política (e até hoje alguns ainda tem)? A aversão era tanta que as lideranças já vinham com aquele discurso pronto de que somos cidadãos da terra também (e é verdade), e que vários homens de Deus foram políticos (verdade também), etc, etc, tamanha a ignorância; ignorância esta produzida nos discursos incultos de líderes que achavam que até teologia era pecado; santa paciência!
Interessante que os mesmo que reprovavam o envolvimento de um salvo com a política eram, e em alguns casos ainda são, os mesmos que defendem a idéia de que os políticos devem ser salvos. Já vi um pregador, se aproveitar da presença de um certo político, para dizer-lhe em público, que ele precisava aceitar a Jesus como Salvador (isso alguns fazem para ganhar os aplausos da multidão convencida de que o pobre político está com um pé no inferno), e no mesmo discurso condenar o engajamento político! Quanta incoerência. Entende-se que a proposta para uma nova vida em Cristo era acompanhada de uma proibição com a vida política.
Esse discurso era, e para alguns ainda é, baseado na idéia de que "não somos deste mundo", embora vivamos nele, e ignorava o fato de que, embora não sermos deste mundo, "vivemos nele"!!!
Aristóteles entendia a polítca da seguinte forma:
Primeiro: o homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade. Essa promoção do bem comum e felicidade é o que Aristóteles entende por política. Portanto, política é a ciência que trata da discussão e da administração desse bem comum, a fim de gerar felicidade para os demais cidadãos.
Segundo: é impossível a concepção do indivíduo sem o Estado, isto é, todo cidadão (lembrando que para aquela sociedade cidadãos eram os livres, escravo não tinha lugar aqui), está intrísicamente ligado à política.
Terceiro: o engajamento político deveria partir de pessoas preparadas e com tempo para seu exercício. Os escravos e artesãos, por exemplo, não tinham tempo nem capacidade intelectual para discutir os assuntos daquela sociedade.
Logo, para Aritóteles política era:
Administrar, gerir os bens comuns para gerar felicidade para a cidade (Política vem de "pólis"=cidade);
Política era interesse de todo cidadão;
Só pessoas preparadas deveriam "fazer política" em favor da cidade (para Aristóteles os preparados eram os da classe dos guerreiros, magistrados e sacerdotes).
Se o conceito de política é a gerência dos bens comuns de uma cidade, logo a natureza de seu conceito anda na contra-mão da corrupção.
Se política é administrar, então a Bíblia fala muito de política. Imagine, por exemplo, o estadista Moisés e seu decálogo, cheio de regras, leis a serem cumpridas, com os seus anciãos dividindo tarefas, julgando causas, assumindo cargos, posições. Já parou para pensar nas diversas leis de Moisés? Havia leis para guerra, para casamento, saúde pública, etc. Imagine ainda o hebreu José recolhendo o trigo do Faraó na época da fartura, comprando terras para o rei, gerindo a cidade (política) com o objetivo de promover sua felicidade nos tempos de crise vindouros.
E que dizer de Daniel, Governador de várias províncias, a quem o rei intentava fazê-lo Primeiro Ministro. Veja o que diz Daniel 6:4 "Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa."
Fizeram CPI, grampearam telefone, quebrarm sigilo bancário e não encontraram nada. Porque fizeram isso? Porque para aqueles homens era impossível estar naquele cargo, ter a oportunidade de se corromper e ter "ficha limpa".
O problema não é a política, o problema somos nós. O problema é que não estamos prontos a aceitar o padrão de vida estabelecido por Deus para nós, padrão este exigido pela ética e moral.
Padrão este que está distante da vida da maioria dos cidadãos deste país.
O político corrupto é aquele que já era corrupto como cidadão, de caráter deformado. Era o mesmo cara que pagava suborno ao guarda para evitar uma justa multa, era o mesmo cara que dava falsa informação ao Imposto de Renda, o mesmo que ultrapassava na faixa de proibido e avançava no sinal vermelho, o mesmo que estacionava na vaga do deficiente físico, que mentia para o patrão para não ir trabalhar, que dava notas falsas ao chefe dizendo que almoçou vinte reais, quando o preço correto fora dez reais, o mesmo que mentia para esposa descaradamente.
O problema não é a política, somos nós, nós que sem ser políticos, queremos levar vantagem em tudo e dane-se o resto! Nós que não temos a consciência pesada com esses "pecadinhos" do dia-adia, e queremos criticar os políticos corruptos! Lembre-se, eles são o reflexo dessa sociedade, eles já eram corruptos antes de chegarem lá.
Interessante que os mesmo que reprovavam o envolvimento de um salvo com a política eram, e em alguns casos ainda são, os mesmos que defendem a idéia de que os políticos devem ser salvos. Já vi um pregador, se aproveitar da presença de um certo político, para dizer-lhe em público, que ele precisava aceitar a Jesus como Salvador (isso alguns fazem para ganhar os aplausos da multidão convencida de que o pobre político está com um pé no inferno), e no mesmo discurso condenar o engajamento político! Quanta incoerência. Entende-se que a proposta para uma nova vida em Cristo era acompanhada de uma proibição com a vida política.
Esse discurso era, e para alguns ainda é, baseado na idéia de que "não somos deste mundo", embora vivamos nele, e ignorava o fato de que, embora não sermos deste mundo, "vivemos nele"!!!
Aristóteles entendia a polítca da seguinte forma:
Primeiro: o homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade. Essa promoção do bem comum e felicidade é o que Aristóteles entende por política. Portanto, política é a ciência que trata da discussão e da administração desse bem comum, a fim de gerar felicidade para os demais cidadãos.
Segundo: é impossível a concepção do indivíduo sem o Estado, isto é, todo cidadão (lembrando que para aquela sociedade cidadãos eram os livres, escravo não tinha lugar aqui), está intrísicamente ligado à política.
Terceiro: o engajamento político deveria partir de pessoas preparadas e com tempo para seu exercício. Os escravos e artesãos, por exemplo, não tinham tempo nem capacidade intelectual para discutir os assuntos daquela sociedade.
Logo, para Aritóteles política era:
Administrar, gerir os bens comuns para gerar felicidade para a cidade (Política vem de "pólis"=cidade);
Política era interesse de todo cidadão;
Só pessoas preparadas deveriam "fazer política" em favor da cidade (para Aristóteles os preparados eram os da classe dos guerreiros, magistrados e sacerdotes).
Se o conceito de política é a gerência dos bens comuns de uma cidade, logo a natureza de seu conceito anda na contra-mão da corrupção.
Se política é administrar, então a Bíblia fala muito de política. Imagine, por exemplo, o estadista Moisés e seu decálogo, cheio de regras, leis a serem cumpridas, com os seus anciãos dividindo tarefas, julgando causas, assumindo cargos, posições. Já parou para pensar nas diversas leis de Moisés? Havia leis para guerra, para casamento, saúde pública, etc. Imagine ainda o hebreu José recolhendo o trigo do Faraó na época da fartura, comprando terras para o rei, gerindo a cidade (política) com o objetivo de promover sua felicidade nos tempos de crise vindouros.
E que dizer de Daniel, Governador de várias províncias, a quem o rei intentava fazê-lo Primeiro Ministro. Veja o que diz Daniel 6:4 "Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa."
Fizeram CPI, grampearam telefone, quebrarm sigilo bancário e não encontraram nada. Porque fizeram isso? Porque para aqueles homens era impossível estar naquele cargo, ter a oportunidade de se corromper e ter "ficha limpa".
O problema não é a política, o problema somos nós. O problema é que não estamos prontos a aceitar o padrão de vida estabelecido por Deus para nós, padrão este exigido pela ética e moral.
Padrão este que está distante da vida da maioria dos cidadãos deste país.
O político corrupto é aquele que já era corrupto como cidadão, de caráter deformado. Era o mesmo cara que pagava suborno ao guarda para evitar uma justa multa, era o mesmo cara que dava falsa informação ao Imposto de Renda, o mesmo que ultrapassava na faixa de proibido e avançava no sinal vermelho, o mesmo que estacionava na vaga do deficiente físico, que mentia para o patrão para não ir trabalhar, que dava notas falsas ao chefe dizendo que almoçou vinte reais, quando o preço correto fora dez reais, o mesmo que mentia para esposa descaradamente.
O problema não é a política, somos nós, nós que sem ser políticos, queremos levar vantagem em tudo e dane-se o resto! Nós que não temos a consciência pesada com esses "pecadinhos" do dia-adia, e queremos criticar os políticos corruptos! Lembre-se, eles são o reflexo dessa sociedade, eles já eram corruptos antes de chegarem lá.
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