Entretanto, a partir de 25 de novembro de 2007, quando parte da arquibancada superior cedeu e sete pessoas morreram, foi decretado o fim da arena. A tragédia foi o ponto de partida para que as autoridades locais começassem a pensar em um novo estádio, já com a Copa do Mundo de 2014." (http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2010/08/29/tecnicos-afirmam-que-implosao-da-fonte-nova-foi-um-sucesso.jhtm)
Todo baiano apaixonado por futebol, um dia já chorou na Fonte Nova, sentiu o coração bater mais forte na Fonte Nova, já se indignou na Fonte Nova. Gritou, berrou, cerrou os punhos, brigou...
O sentimento de quem viveu histórias dentro daquele estádio ao vê-lo tombando ontem, foi de tristeza. Ali, dentro da Fonte Nova, muita gente se conheceu, outras estreitaram relacionamentos, algumas até se apaixonaram. Faça uma pesquisa por aí e verás que tem até casamento que surgiu dentro da Fonte Nova. De lá da Fonte Nova ouvíamos as narrações via rádio de pilha e chorávamos com nosso timão. Às vezes de raiva por não poder estar lá, outras por ver o tal timão levar uma goleada, outras ainda pela alegria de ver o timão sair da zona de rebaixamento. Mas tudo estava ligado á Fonte Nova. Porém...
Dia 25 de novembro de 2007, marcou substancialmente a história da arena de muitas vitórias, de decisões emocionantes no futebol brasileiro. A morte de sete pessoas provocada pela queda de parte da arquibancada superior, denunciou o estado precário de um dos estádios mais famosos do Brasil.
Apesar da tristeza, todos sabíamos que era necessária sua implosão. Apesar de amá-la, queríamos mesmo era vê-la tombando. Porque? Porque suas estruturas colocavam em risco a vida de pessoas. Era preciso mudar. Veja, neste caso não é transformação não, é substituição.
Conosco também é assim, às vezes passamos por transformações, outras vezes temos que ser substituídos, pois nossa permanência em algum lugar, pode comprometer a vida de outras pessoas.
Seria tão bom se eu e todos os líderes evangélicos entendessem isso! Que deixássemos de ser tão egoístas nas horas em que nossa liderança ameaça o bem estar da obra e fôssemos substituídos por quem Deus constituir. Deixar o novo acontecer!
Assim como a Fonte Nova teve seus dias de glória, em que seus portões ficaram escancarados para públicos não só do futebol, mas até das massas religiosas que chegaram juntar até número maior do o de muitos clássicos do esporte preferido dos brasileiros. Mas hoje, ao passarmos em frente do lugar onde ela estava, veremos escombros e poeira, mas em nossa mente se projetará o futuro, pois o novo está chegando.
Creio que a implosão da Fonte Nova não deu fim à sua história, não. Ela está na memória de muitos brasileiros, ela marca episódios emocionantes dos baianos, ela está escrita em papel, em mente, em coração. Substituir não significa esquecer, enterrar a história. Substituir é a atitude correta quando a permanência ameaça. Pense nisso.
2 comentários:
Amigo Raimundo,
Belo texto, maravilhosamente "linkado" com nossa realidade eclesial. Há pessoas, principalmente em duas instituições religiosas que conhecemos, que deveríam não apenas ler, mas, aceitar como um sábio conselho. Porém, o poder engana, deturpa a visão e transcende a pessoa de uma realidade para outra, irreal. Quando os líderes se afastam do povo e se encastelam no comando, o poder os escraviza e os acovardam diante da possibilidade de mudança, daí, a instauração do "Império da vitaliciedade". Ah! como seria bem que nossos líderes voltassem a ouvir Jesus e, de quebra, você.
Fique bem, e parabéns à Jasmim pelo aniversário.
Mais uma vêz, o amado me surpreende com seus comentérios,sua licidez e clareza de nos mostrar verdades em fatos muitas vezes despercebidos por nós, pequenos pensantes. Nunca substitua tua liberdade, embora muitos querem a nossa permancencia nos modais que se tornaram verdadeira ameaça. Parabéns.
em tempo: "deveia tambem implodir o bahia!"
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