10 de ago. de 2010

SAUDOSISMO OTIMISTA II - ACREDITO EM MUDANÇAS

Apesar de ver um presente que compromete nosso futuro, com divisões e invasões de templo, com discursos e difamações na internet e num jornal que compra escândalos para vender uma notícia distorcida, apesar de ver a imagem do pastor tão desgastada, tão desacreditada, apesar de ver os filhos de belial assumindo o lugar dos sacerdotes e ver a profanação no templo, de ver que a porta da casa do Senhor virou lugar de comércio, que os gabinetes pastorais viraram lugar de tramas políticas que visam interesses escusos, não tenho outra escolha, se não olhar para o passado, de sentir saudades de um tempo em que o pecado era visto como ameaça ao rebanho e que deveria ser tratado como diz a Bíblia. Apesar de perceber que em relação ao presente, o passado era melhor...
Acredito em mudanças, acredito no ser humano, acredito no homem, em seu arrependimento, em seu quebrantamento, em sua capacidade de voltar e fazer melhor do que fez no passado.
Ora, se o próprio Deus o faz assim! Lhe dá novas chances, lhe confia novas tarefas, renova sua aliança com quem a quebrou inúmeras vezes! Fez isto com Israel, e com homens como Davi e Salomão.
Jesus é o tipo de Senhor que dá talento a quem Ele sabe que irá enterrá-lo, mas dá, investe. Ninguém pode dizer que Ele não dá oportunidades. Ele sempre foi capaz de ficar em pé na estrada esperando seus filhos pródigos. Quando não, Ele sai pela estrada, pelos valados, a fim de encontrá-lo, e quando encontra-o, coloca-o em seus ombros e leva-o ao descanso como o Pastor com sua ovelha perdida.
Não creio em um avivamento espetacular para esses dias, como aqueles pregados por alguns Conferencistas sensacionalistas, pois isto não é bíblico.
Mas creio que posso começar a chorar e me arrepender, posso, como nos dias de Jeremias, me colocar à porta do templo e clamar, anunciar, convocar quem queira ouvir a voz do Eterno.

Um comentário:

ELIEL BARBOSA disse...

Caro Amigo Raimundo,

Quem conheceu o evangelho no tempo em que nós conhecemos, identifica o quanto o cristianismo se degenerou. Lembramos dos obreiros sinceros que batalharam para nos ver convertidos à Cristo e envolvidos num ambiente cristão autêntico, mesmo que para que isto acontecesse fosse-lhe cobrado um alto custo pessoal. É, sou sadosista também. Também acredito em mudanças, porém, confesso um certo ceticismo quando observo o preço que precisamos pagar e não estamos dispostos a isto.
De qualquer sorte, alimentemos nossa esperança de dias melhores, nem que para isto tenhamos que esperar o milênio chegar.
Fique em paz, irmão. Abraços em Núbia e filhos.

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