Sou pentecostal. Aceitei Jesus numa igreja pentecostal e já usando de saudosismo, lembro-me que ainda na década de 80 nossos cultos tinham um clima de reverência e fervor que se fazia sentir até em ensaios de grupos de louvor e em algumas reuniões administrativas. Pecávamos pelo excesso de zelo com os costumes que chamávamos de "doutrina", e pelo desprezo que dávamos aos estudos teológicos e seus seminários, mas experimentávamos uma vida espiritual mais fervorosa e mais temerosa. Recordo-me de ver santas mulheres de Deus nos nossos Círculos de Orações, serem usadas nos dons espirituais, passávamos manhãs na presença de Deus ouvindo-o falar e não tínhamos dúvidas de que era Ele. Nos cultos à noite, quando o porteiro abria a porta para que tivéssemos acesso ao culto, contemplava as cabeças baixas, encostadas no encosto do banco, cujas lágrimas molhavam o chão humilde de minha velha igrejinha. O calor e a atmosfera denunciava a presença do divino. Vi, muitas vezes, gente entrando no templo com lágrimas a rolar pela face por ter sido tocada por uma canção entoada pelos jovens e entregar sua vida a Jesus e permanecer firme na fé. Vi crianças em seus Círculos de Orações serem batizadas no Espírito Santo (o quê? Você não sabia que criança tem Círculo de Oração?). Vi adolescentes sendo instrumentos de Deus na pregação de sua Palavra. Vi dezenas de irmãos sairem domingo à tarde para o evangelismo. Estive várias vezes em casa dos afastados da fé, persuadindo-os a voltar para Jesus e só saía de lá quando conseguia levá-lo para o templo.
Vi milagres acontecerem, gente sendo curada nos cultos da santa ceia. Vi o Presbítero da minha congregação, que não tinha formação teológica e, às vezes, nem a acadêmica, explicar textos em nossos cultos de doutrina que nos deixava regozijados.
Lembro-me de uma igreja que em todas as ocasiões festivas reservava um tempo para o estudo bíblico, geralmente no domingo à tarde.
Poderia citar tantas e tantas outras coisas que nos deixam saudades!
Saudade! Descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância... Lembrei-me daquele movimento poético português surgido no início do século XX. Seus precursores, entre eles, Teixeira de Pacoaes achavam que o saudosismo, palavra oriunda de saudade, claro, poderia, através de seu movimento cultural, trazer regeneração para Portugal, já que este se distanciava do espírito ético e religioso dos anos anteriores.
Todavia, focar o passado sem perspectiva para o futuro é viver um eterno saudosismo, é não entender que a vida nos reserva elementos em nosso tempo presente que poderão ser usados para nos apontar um futuro melhor.
Nos dias de Ageu, quando os jovens viram o templo sendo restaurado, alegraram-se, enquanto os anciãos choravam. Os jovens não conheciam a magnificência do primeiro templo, então para eles aquele era glorioso! É o que acontece hoje. Estão se alegrando com um pentecostalismo e vida cristã que vem perdendo a essencia e chega à beira do ridículo e do profano.
Mas alguns de nós, viram a glória da primeira casa e choram tais quais os anciãos dos dias de Ageu e então um sentimento saudosista surge, a tristeza aumenta e ficamos inconformados.
Mas, deixe-me te dizer, não sou saudosista como Teixeira de Pascoaes, sou como os anciãos dos dias de Ageu, pois eles ouviram a a voz de Deus que dizia: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos". (Ageu 2:9)
Era Deus dizendo: "entendo a saudade de vocês, mas olhem para o futuro, estou reservando algo maior e melhor, o que farei, não se comparará com o que vocês viram no passado".
Lembro-me de uma igreja que em todas as ocasiões festivas reservava um tempo para o estudo bíblico, geralmente no domingo à tarde.
Poderia citar tantas e tantas outras coisas que nos deixam saudades!
Saudade! Descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância... Lembrei-me daquele movimento poético português surgido no início do século XX. Seus precursores, entre eles, Teixeira de Pacoaes achavam que o saudosismo, palavra oriunda de saudade, claro, poderia, através de seu movimento cultural, trazer regeneração para Portugal, já que este se distanciava do espírito ético e religioso dos anos anteriores.
Todavia, focar o passado sem perspectiva para o futuro é viver um eterno saudosismo, é não entender que a vida nos reserva elementos em nosso tempo presente que poderão ser usados para nos apontar um futuro melhor.
Nos dias de Ageu, quando os jovens viram o templo sendo restaurado, alegraram-se, enquanto os anciãos choravam. Os jovens não conheciam a magnificência do primeiro templo, então para eles aquele era glorioso! É o que acontece hoje. Estão se alegrando com um pentecostalismo e vida cristã que vem perdendo a essencia e chega à beira do ridículo e do profano.
Mas alguns de nós, viram a glória da primeira casa e choram tais quais os anciãos dos dias de Ageu e então um sentimento saudosista surge, a tristeza aumenta e ficamos inconformados.
Mas, deixe-me te dizer, não sou saudosista como Teixeira de Pascoaes, sou como os anciãos dos dias de Ageu, pois eles ouviram a a voz de Deus que dizia: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos". (Ageu 2:9)
Era Deus dizendo: "entendo a saudade de vocês, mas olhem para o futuro, estou reservando algo maior e melhor, o que farei, não se comparará com o que vocês viram no passado".
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