Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo. (Wikipédia)
Obviamente que este objeto de estudo é o comportamento e os processos mentais dos indivíduos. Para o psicólogo soviético A. R. Luria , um dos fundadores da neuropsicologia, "a psicologia do homem deve ocupar-se da análise das formas complexas de representação da realidade".
Mas o que temos visto nas opiniões dos psicólogos de plantão são afirmativas tão óbvias, que o mais desinformado no assunto em pauta, já saberia! Estribam seus argumentos em verdadeiros axiomas (proposição tão evidente que não precisa ser demonstrada).
Numa reportagem de Thiago Reis no site g1.globo.com, quando perguntada se o celular é indicado ou não a crianças e adolescentes, a professora Andréa Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, respondeu:
"Depende para o quê. O celular é uma ferramenta tecnológica como outra qualquer. O problema é saber se o propósito do uso deles por crianças é apenas o consumo, se a criança vai ganhar o celular apenas para se mostrar para os amigos. Se o celular for utilizado por uma criança que vai ser deixada na natação e vai ter que ligar para a mãe buscar depois, ele já começa a ter mais sentido. Já para crianças abaixo de oito anos, não há motivo. Como elas não saem sozinhas, não têm necessidade de ter um. Senão, ele vai funcionar como um brinquedo.”
Grande descoberta! Precisávamos mesmo consultar a Doutora acima citada para saber deste fato tão óbvio!
A dita psicóloga prossegue em sua "inédita" explicação para o caso de difícil solução: "As crianças são seduzidas por qualquer coisa. Do mesmo jeito que consomem balas, chocolates e outras guloseimas sem limite, elas consumirão tecnologia também sem saber quando parar".
As famílias estão tão despreparadas que precisamos que uma pessoa com formação especializada diga-nos o que já sabemos?
Observe que toda vez que um fato é notícia, principalmente na mídia televisiva, logo os psicólogos de plantão aparecem para estabelecer seus axiomas, tipo:
Se for um crime hediondo, eles explicam: "Este é um sujeito que não consegue conter o lado ruim, blá, blá, blá..." Claro, se ele conseguisse, não teria praticado o tal crime!
Se foi uma mãe que abandonou o filho, dizem: "Ela foi rejeitada na infância..."
Se a seleção brasileira de futebol perder um jogo, bradam do alto de sua sapiência: " Os jogadores estavam com desempenho ruim e a qualidade do seu jogo foi inferior à do adversário..." Oh, grande novidade!
Penso que a psicologia moderna deve formular novas definições baseadas na sociedade contemporânea, ao invés de perpetuar as defendidas ou formuladas na metade do século XIX por Sigmund Freud. Que Freud contribuiu em muito com seus estudos e descobertas, não restam dúvidas. Porém, o contexto da sociedade era o do século XIX. De lá pra cá o homem mudou sua maneira de pensar e agir!
Os livros de psicologia, os pensadores no assunto, não nos dizem nenhuma novidade, a não ser o que foi dito a mais de cem anos atrás.
Por isso, as respostas axiomatizadas, que não respondem aos anseios de uma sociedade desorientada.
Obviamente que este objeto de estudo é o comportamento e os processos mentais dos indivíduos. Para o psicólogo soviético A. R. Luria , um dos fundadores da neuropsicologia, "a psicologia do homem deve ocupar-se da análise das formas complexas de representação da realidade".
Mas o que temos visto nas opiniões dos psicólogos de plantão são afirmativas tão óbvias, que o mais desinformado no assunto em pauta, já saberia! Estribam seus argumentos em verdadeiros axiomas (proposição tão evidente que não precisa ser demonstrada).
Numa reportagem de Thiago Reis no site g1.globo.com, quando perguntada se o celular é indicado ou não a crianças e adolescentes, a professora Andréa Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, respondeu:
"Depende para o quê. O celular é uma ferramenta tecnológica como outra qualquer. O problema é saber se o propósito do uso deles por crianças é apenas o consumo, se a criança vai ganhar o celular apenas para se mostrar para os amigos. Se o celular for utilizado por uma criança que vai ser deixada na natação e vai ter que ligar para a mãe buscar depois, ele já começa a ter mais sentido. Já para crianças abaixo de oito anos, não há motivo. Como elas não saem sozinhas, não têm necessidade de ter um. Senão, ele vai funcionar como um brinquedo.”
Grande descoberta! Precisávamos mesmo consultar a Doutora acima citada para saber deste fato tão óbvio!
A dita psicóloga prossegue em sua "inédita" explicação para o caso de difícil solução: "As crianças são seduzidas por qualquer coisa. Do mesmo jeito que consomem balas, chocolates e outras guloseimas sem limite, elas consumirão tecnologia também sem saber quando parar".
As famílias estão tão despreparadas que precisamos que uma pessoa com formação especializada diga-nos o que já sabemos?
Observe que toda vez que um fato é notícia, principalmente na mídia televisiva, logo os psicólogos de plantão aparecem para estabelecer seus axiomas, tipo:
Se for um crime hediondo, eles explicam: "Este é um sujeito que não consegue conter o lado ruim, blá, blá, blá..." Claro, se ele conseguisse, não teria praticado o tal crime!
Se foi uma mãe que abandonou o filho, dizem: "Ela foi rejeitada na infância..."
Se a seleção brasileira de futebol perder um jogo, bradam do alto de sua sapiência: " Os jogadores estavam com desempenho ruim e a qualidade do seu jogo foi inferior à do adversário..." Oh, grande novidade!
Penso que a psicologia moderna deve formular novas definições baseadas na sociedade contemporânea, ao invés de perpetuar as defendidas ou formuladas na metade do século XIX por Sigmund Freud. Que Freud contribuiu em muito com seus estudos e descobertas, não restam dúvidas. Porém, o contexto da sociedade era o do século XIX. De lá pra cá o homem mudou sua maneira de pensar e agir!
Os livros de psicologia, os pensadores no assunto, não nos dizem nenhuma novidade, a não ser o que foi dito a mais de cem anos atrás.
Por isso, as respostas axiomatizadas, que não respondem aos anseios de uma sociedade desorientada.
Um comentário:
Olá Sr Raimundo,
Não consigo entender como um ser humano contemporaneo ainda consegue ser tão limitado, e ainda achar que sua fala é que é a correta.
A "dita" psicologa, é psicologa e estuda muito para falar. Quando digo algo, é porque vivenciei o assunto para o qual fui chamada a opnar. E sim as familias estão ainda muito inconcientes e inocentes, pois não foram incinadas a pensar por si. Aceitaram por anos babozeiras, faladas por seres humanos inescrupulosos, que acham que só porque falam dando bronca estão corretos no que dizem. Se acham com poder de falar pelas pessoas e de ditar como elas devem ser e agir, tentando ainda ditar o que é certo e errado. Mas graças a deus o conporaneo e as tecnologias vem pra acabar de vez com essa inconciencia. Aqui só sobrevive quem acolhe,quem reconhece o outro de maneira real e aceita que o melhor pra ele pode não ser o melhor para todos.
Aprenda a respeitar a opnião que diverge da sua e quem sabe conseguirá não recair no erro que aponta nos outros mas que na verdade é você mesmo quem comete. Não lhe dei autorização para fotocopiar nem uma palavra de algum texto meu, e pirataria é crime o sr sabia?
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