15 de mar. de 2015

Sobre a Candidatura do Pr. Wellington Júnior à Presidência da CGADB



Acompanhei pelo face, e depois no blog do irmão Daladier Lima com os comentários de alguns irmãos, inclusive do Pr. Geremias do Couto, sobre o lançamento do nome do Pr. Wellingtn Junior a presidência da CGADB.
Na convenção da CONAMAD (ministério madureira), quem detêm o mando de campo como se diz no futebol é a família Ferreira e na CGADB, a família Costa. Nos outros ministérios da AD , não filiados a nenhumas das duas convenções acima, a situação também não é diferente. Nas últimas eleições da mesa diretora da CGADB, o candidato que se apresentou como alternativa, também segue o mesmo modelo de quem ele queria substituir, pois sua família domina a AD de duas capitais da região Norte do país.  Eu pergunto: a proposta de alternância de poder só diz respeito a Convenção Geral?
Fiquei pensando, qual a surpresa do lançamento da canditatura do filho do atual presidente da CGADB, três anos antes da eleição, pois a notícia está correndo desde 2014? Afinal de contas, isso não é um reflexo do que ocorre hoje na nossa querida AD no Brasil?  Para mim, o cerne da questão na verdade está na figura eclesiástica que existe na nossa denominação, que saíndo do modelo congregacional do início de sua história, foi aos poucos aderindo ao sistema episcopal, concentrando na pessoa do pastor-presidente.
No início havia mudanças de pastores titulares nas igrejas, mas depois o cargo de pastor-presidente se tornou vitalício, e posteriormente também hereditário. Quando o ocupante do cargo vê que não está mais tendo condições físicas, dá logo um jeitinho brasileiro de mudar a lei (no caso - o estatuto da igreja), e colocar o filho, o genro ou neto como vice-presidente. O próximo passo, é a transferência da presidência para essa pessoa da família, às vezes até com dissidência de outro membro da família que também queria ser o ungido. A lista seria longa se fosse citar aqui os exemplos de transferência hereditária de presidências de igrejas nas AD pelo Brasil a fora só nos últimos anos.
Aí eu pergunto: quem da liderança, vai querer fazer uma reforma como realmente precisa no sistema assembleiano? Sistema que eu digo, é o modelo monárquico que se estabeleceu não só nos âmbitos convencionais mas nas igrejas-sedes país a fora. Sem alterar isso, não haverá mudanças significativas na estrutura denominacional.

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