2 de mai. de 2011

Morte de Bin Laden: Reflexo na Obra Missionária

A morte de Bin Laden foi comemorada no ocidente, principalmente nos Estados Unidos, com um sabor de vingança. A alegria na face dos americamos, que se consideravam caçadores do ditador responsável pelo atentado de 11 de Setembro de 2001, parecia ignorar os efeitos entre os muçulmanos da morte mais esperada do mundo . Segundo o Portal do MSN Notícias, "O diretor da agência de inteligência americana, a CIA, Leon Panetta, disse que é 'quase certo' que a rede extremista Al-Qaeda tente vingar a morte de Osama Bin Laden. 'Bin Laden está morto, mas a Al-Qaeda, não. Os terroristas quase certamente tentarão vingá-lo. E nós devemos - e iremos - continuar atentos e determinados', disse Panetta."
Os países muçulmanos do Oriente que até então estavam se abrindo para o ocidente em virtude das catástrofes naturais sofridas, passam a olhar desconfiados para o mundo ocidental. Essa desconfiança misturada com mais um desejo de vingança mundial, além de gerar conflitos políticos e econômicos, reascende ou intensifica a chama da intolerância, uma das maiores barreiras à evangelização mundial.
Na maioria dos aeroportos internacionais, árabes, independente da religião, passam a ser vistos como suspeitos, enquanto que os mesmos passam a se sentirem vítimas do chamado "sistema global".
Esse espírito de desconfiança internacional neutraliza ações missionárias em várias partes do mundo, colocando em risco a segurança de obreiros tranculturais e fazendo naufragar projetos arrojados de evangelização mundial.
Embora Bin Laden, enquanto vivo, representasse uma ameaça para a segurança internacional, agora morto, a ameaça continua no ar.
O que a maioria dos cristãos evangélicos não sabem é que inúmeros missionários brasileiros no oriente médio exercem suas atividades no anonimato. Algumas igrejas não declaram a localização nem os nomes desses obreiros, devido ao perigo de, às vezes, perderem até a vida. É o que acontece por exemplo, com obreiros da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais. A Semadesal também tem missionários na Ásia cuja localização e nomes são preservados.
Enquanto ouvimos alvissareiramente as chamadas "boas novas" da morte do considerado inimigo número um da humanidade (ou dos Estados Unidos?), se quer imaginamos a dimensão das consequencias do sinistro para a obra missionária. Ocidentais vivendo em países muçulmanos do oriente médio passam a ser vistos como inimigos, as restrições de acesso a estes países aumentam e a evangelização mundial é freada.
Oremos para que nossos missionários no mundo árabe ou em países muçulmanos sejam guardados e para que a obra missionária não sofra em seu avanço.

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