2 de mai. de 2011

Deixa Saul Pra Lá. É Tempo de Davi.

ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
(I Samuel 16:1)

A amizade e o amor de Samuel por Saul é incontestável. O velho profeta aprendeu a honrar, amar e a orar por aquele que outrora era apenas filho de um dos fazendeiros de Israel. Samuel nutria por Saul, além de respeito e amor um sentimento estranho de pena: "E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o SENHOR se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel" (I Samuel 15:35). Por causa de Saul ele foi capaz de passar toda uma noite orando (I Sm. 15:11).
Afinal, Samuel fora testemunha da maneira milagrosa como o Senhor o tivera escolhido e como o encheu do seu Espírito para realizar proezas em seu nome. Acredito que este tempo de glória das vitórias de Saul estavam na memória do velho profeta e legislador de Israel. Apesar do Senhor ter-lhe dito que havia se arrependido de ter constituído Saul como rei de Israel, parece que Samuel acreditava numa reabilitação do rei do seu povo, a ponto do próprio Deus lhe perguntar: "Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?"
Quando leio este texto fico pensando em como queremos ser às vezes mais amorosos e complacentes que Deus e esquecemos que nosso amor e complacencia, vez por outra, fere princípios da Soberania de Deus. Esta é para mim, a primeira grande lição aqui. Firmamos nosso olhar nos "Sauls" da vida, vendo-os como única alternativa na obra de Deus e ignoramos os eternos planos do Senhor.
Esquecemos que Deus não mistura amor com conivencia. Aliás, não existe conivencia em Deus. Ele não é conivente por amor, Ele castiga por amor.
Não podemos tentar restaurar o que Deus rejeitou, investir no que Deus reprovou. Às vezes se faz necessário deixar Saul pra lá, entender que alguns Sauls da obra de Deus escolheram viver distante dos preceitos de Deus.
Quantas vezes firmamos nosso olhar naquilo que pensamos ser a única alternativa? Oramos em favor daquilo que achamos ser o único instrumento de Deus, pensamos que Deus só tem aquele método e só utiliza aquela ferramenta. Ficamos apegados aos nossos Sauls e queremos eles bem pertinho de nós, pois vimos o Espírito do Senhor sobre eles.
Aprendo, em segundo lugar, que se faz necessário vislumbrar um futuro sob um novo trabalhar de Deus, com ferramentas diferentes e começar a investir em talentos novos. É o que o Senhor desafia a Sanuel fazer: "...Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei."
Isto é: "em minha soberania, vou mudar o metódo, a ferramenta, vou investir em algo novo, em alguém de coração mais nobre"
Deus estava reservando algo novo para seu povo, enquanto Samuel tinha sua visão voltada para o antigo. Enquanto Deus estava reservando o tempo de Davi, Samuel queria continuar vivendo o tempo de Saul, o velho método, aquele que se tornara inviável.
Permita-me dizer-lhe que é tempo de um novo olhar, de começar a criar dentro de nós novas perspectivas, pois temos um Deus de coisas novas. "Até quando terás dó de Saul?" Até quando amarrarás teu sentimento a algo que o Senhor já reprovou? Até quando ficarás dependente de velhos métodos e ferramentas obsoletas? É tempo de viver os planos de Deus para nós e deixarmo-nos ser despertados pelo Espírito Santo para aquilo que Ele tem nos preparado
Enquanto Deus já pensava em Davi, o coração do velho profeta ainda estava em Saul.
Deixa Saul pra lá, é tempo de Davi em tua vida.


Um comentário:

Detalhes... disse...

Fantástica sua compreenssão desse texto biblico. Meus parabvens!!!!

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