Foto: Guiame.com.br |
E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Não sei o que estamos fazendo com este texto! Não sei porque o mantemos escondido debaixo de nosso equivocado entendimento da Bíblia, de Deus e da vida! Resolvemos fazer dele um clamor que não se ouve um texto que não se lê, uma sermão não pregado! Ele é muito propício para este Natal que tanto ovacionamos, este Natal de bolas coloridas, das cores verdes e vermelhas, das mesas fartas e das velas artesanais. Este Natal da canção em Harpa tocada em todas as esquinas embalando nossa ilusão de um clima de paz. Este Natal que fazemos, traz em nossa mente a mesa farta em família enquanto outras famílias na mesa falta. Falta o simples pão de cada dia, imagine o tal peru! Falta paz, falta amor, falta esperança, falta Jesus, o aniversariante!
Mas este texto nos confronta. Ao lê-lo, é como se o Filho do Homem já estivesse sobre as nuvens com seus anjos, assentado sobre seu trono, separando as ovelhas dos bodes e tendo diante de si as nações no maior espetáculo do confronto, no julgamento de nossa religiosidade, lançando luz sobre nossa hipocrisia, expondo-a no espaço sideral, em algum lugar da história da humanidade!
Aqui não há termos rebuscados, as expressões são simples, a conversa é direta, o confronto é imediato, a vergonha é exposta e todos ficam inescusáveis. O Filho de Deus não cobra nada além daquilo que tanto mandou que fizéssemos. Pois quem nunca soube que sua tônica era o amor, a máxima de seus ensinamentos, a impressão que Ele deixou nas vidas por onde passou?
Aqui, Ele primeiro dá a sentença e depois explica o motivo de sua condenação expondo nosso cristianismo apostatado, nossa fé divorciada da prática. Ele deixa bem claro que seu Reino, sua recompensa, seus braços acolhedores em sua glória, são para aqueles que, entendendo sua mensagem, viveram como Ele: para os outros! Viveram, acolheram e ampararam os famintos, os sedentos, os desamparados, os nus, os encarcerados, os doentes!
Foram a igreja da rua, da comunidade, dos becos. Igrejas cujos púlpitos estavam nas esquinas, cuja mão ajudadora estava em cada casa, em cada hospital, em cada clínica. Seus pastores não eram dos templos apenas, eram do povo, eram seus profetas apontando ao povo o caminho e sendo para ele o sal e a luz deste mundo!
Eles entenderam que o verdadeiro cristianismo é vida em favor do outro! Feliz Natal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário