8 de abr. de 2015

Babilônia Não é o Problema!


Me revolta toda vez que recebo wahtsap's conclamando para uma campanha contra a Novela Babilônia, da Rede Globo. A hipocrisia é mesmo rainha nos arraiais gospel. Porque? Simples. Primeiro, penso que, fazer campanha entre crentes para não assistir mais um lixo global é uma verdadeira denúncia de que somos amantes da podridão moral que se instalou nos lares brasileiros através das novelas de TV! Se precisa fazer campanha entre nós é porque perdemos o senso moral e acima de tudo, perdemos a visão dos valores espirituais que dizemos prezar tanto!
O que me revolta é que escolhemos a prática homossexual para ser a única reprovada por Deus, enquanto aplaudimos e gargalhamos com toda sorte de violência, roubo, pedofilia, tráfico, adultério, corrupção, mentira, engano pregado nos chamados entretenimentos não só da Globo, mas nas demais redes de TV deste país. Ok, ninguém assiste Babilônia, mas  a maioria se tornou fã do personagem Félix, vivido pelo ator Mateus Solano, na novela Amor a Vida. Ninguém assiste Babilônia, mas ri com personagens homossexuais em programas de humor e assiste, impotente, aos deboches feitos a Jesus no Programa "Tá no Ar: A TV na TV". Ri com as piadinhas maldosas de "humoristinhas" de standup que se diz ateu e protagoniza o tal CQC! Se esbalda em programinhas de futilidade e imoralidade como Big Brother. Se emociona e acredita em shows da fé, se deixa ser levado por heresias e ajuda a propagar falsos milagres e esquemas de abuso da fé, charlatanismo e toda sorte de engano da falsa Teologia da Prosperidade. 
Achamos que Deus não levará em conta nada disto! Na verdade, aquela gana dentro de nós de achar um bode expiatório para esconder nossas mazelas fala mais alto, na maioria das vezes, do que o verdadeiro senso de santidade que deve nortear nossas vidas.
Na verdade, Babilônia não é o problema! Babilônia sempre esteve diante de nossos olhos, o pecado sempre deu o tom nesta sociedade combalida! Os princípios e valores morais e espirituais de atores, cantores e redes de TV em programas de entretenimento que gostamos, sempre foram antagônicos aos nossos e sempre trafegaram na contra-mão daqueles exarados nas páginas das Escrituras! O problema mesmo está em nós. Estamos entrando no esquema dos protestos em vez de darmos continuidade ao esquema da evangelização, do discipulado e de uma vida que glorifique a Deus!
É preciso dizer que intelectuais não cristãos e gente de princípios e valores elevados já vem a muito tempo repudiando não só as cenas de homossexualismo em programas e novelas de TV, mas toda sorte de "educação" nociva que os chamados programas de entretenimento apresentam diariamente, em qualquer horário, sem respeitar as famílias e aqueles valores que ajudaram construir esta nação. Psicólogos e estudiosos da filosofia e outros ramos das ciências vem a muito tempo alertando a sociedade para os perigos da libertinagem e do comportamento sem limites vistos nos últimos anos. Enquanto eles alertavam, a maioria dos cristãos evangélicos e católicos regalavam-se em seus momentinhos de lazer diante da imoralidade travestida de entretenimento e agora queremos levantar a bandeira da moralidade contra uma novela e continuarmos de camarote assistindo a outros tão nocivos quanto.
De repente, queremos ser cristãos, nossa cristandade escolheu o alvo de ataque: Babilônia. Mas nossa cristandade faz acordos imorais em época de campanhas políticas. Vende e compra voto, negocia o rebanho e aceita o pecado pelo preço do alto dízimo, aceita suborno, negocia e usa de forma inescrupulosa os santos dízimos e ofertas, oferece cargos eclesiais como forma de assegurar seu status quo no ministério. Cala-se diante da injustiça e da desigualdade social, fica indiferente ao sofrimento dos desafortunados e negligencia a evangelização e a obra missionária!
Não, Babilônia não é o problema! Ela é apenas nosso bode expiatório, resolvemos atacar a Babilônia da TV  para esconder a Babilônia em que vivemos.
A questão não é desligar a TV na hora da novela Babilônia, até porque a Babilônia caiu a audiência, mas os outros programas tão nocivos quanto ela, continua em ascensão. Precisamos é fechar a janela do pecado, a porta da tolerância a todo tipo de abominação aos olhos de Deus, precisamos é reconhecer que temos nos regalado em uma outra Babilônia, aquela que nos deixa prostrado em nossos adultérios, prostituição, mentira, e falso cristianismo, um cristianismo raso e medíocre, que desliga a TV na hora de Babilônia e liga para ver Big Brother. 
Não, Babilônia não é o problema!

Um comentário:

ednei de lima bomfim disse...

Eu não deveria!se a palavra do Senhor se renova a cada dia!Mais sinto saudades dos cultos que participava na minha adolescência. Pois hoje sinto que a igreja tem evoluido aos passos do mundo tentando se adaptar e esquecendo que a palavra de Deus Ela permanece fiel.Não importa o quanto o mundo "evolua" o meu DEUS nunca irá mudar!

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