O mercado financeiro está de orelha e cabelos em pé. Os economistas e especialistas já avisam que, quem quiser investir em lazer internacional, terá que pagar mais caro daqui por diante. Já quem comprou as passagens com antecedência, terá que ter cuidado com o dinheiro que vai gastar lá fora. Nesta hora, o turista fora do Brasil terá que esquecer que sua moeda é o Real e lembrar da inesperada alta da moeda internacional (dólar).
Esta preocupação também atinge Agências e Secretarias de Missões que enviam e sustentam obreiros transculturais. Igrejas, Agências e Secretarias de Missões devem estar atentos para este fato. Todos os mantenedores da obra missionária devem entender que as instituições que enviam e mantém missionários lidam diariamente com o dólar e que a tarefa de enviá-los, passa pela questão financeira.
No mês de agosto, por exemplo, a Semadesal (Secretaria de Missões da Assembléia de Deus em Salvador), enviou uma missionária para a Índia e outra para Guiné Bissau. Os investimentos em passagens, vistos e sustento de ambas foram feitos tendo como base o dólar; em média, cada passagem ficou em torno de 2.000,00 dólares (R$ 3.200,00), sem contar com vistos e outras despesas. Se os investimentos fossem feitos hoje, levando em consideração o salto da moeda americana de R$ 1,60 para R$ 1,78, teríamos uma despesa de R$ 3.560,00 por missionária, R$ 360,00 a mais por cada uma, sem contar com outras despesas.
Esses valores e cálculos do mercado financeiro internacional, devem ser levados em conta na hora de enviar um obreiro transcultural. A liderança da igreja e da Secretaria de Missões precisa levar ao conhecimento dos fiéis nossa responsabilidade diante dos desafios financeiros que também implicam na ida ou não do missionário. Uma igreja, agência ou secretaria de missões, deve ter gente preparada e em sintonia com o mercado financeiro internacional, para dar suporte e orientação na área.
A maioria dos líderes de igrejas, agências e secretarias de missões dão maior importância aos fatores espirituais em detrimento dos financeiros, e o resultado é um número considerável de obreiros que ficam sem receber sustento e sem a assistência devida aos seus projetos no campo! (Lc. 14:28-30)
A alta do dólar pode significar também uma barreira na evangelização mundial, o que significa que a igreja deve aumentar seus investimentos na contribuição para missões e avaliar com mais critérios, projetos transculturais. Embora nossa prioridade seja o envio de obreiros a fim de que as nações sejam alcançadas com a pregação do Evangelho, penso que seja melhor enviá-los levando em consideração também os desafios do mercado financeiro internacional e as entradas da igreja mantenedora! Será melhor sustentar alguns com qualidade, do que, levados pela emoção, enviar muitos e deixá-los sem a devida cobertura financeira para seu sustento e seus projetos em campo.
Para uma instituição que já tem uma "folha" de pagamento já comprometida com seus obreiros transculturais, esta não é a hora para enviar sem antes orar e ouvir o que diz o "senhor dólar".
Todavia..."Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos." Ageu 2:8
Pr. Raimundo Campos
Secretário de Comunicação Semadesal