30 de set. de 2011

Integridade: Uma questão de valores

A lição da Escola Bíblica Dominical de Jovens e Adultos do último trimestre deste ano, tratará sobre Neemias, destacando sua integridade e coragem em tempos de crise. Apesar de sabermos que a coragem é elemento fundamental em meio às crises, considero a integridade um valor difícil de se encontrar nos dias atuais.
Integridade é a qualidade do íntegro, é o estado de são, de inalterável. Obviamente que a palavra vem de íntegro, o inteiro, completo. Ambas as     palavras tem haver com retidão, honestidade, sinceridade, honradez.
Outro dia meu filho me perguntou porque o leite é integral e ao lembrar-me do significado da palavra, pude explicar a ele que o leite é integral porque a mensagem que o fabricante nos quer transmitir é de que, apesar do leite ter passado pelo processo da industrialização, ele não perdeu suas propriedades naturais, se manteve inalterável, conservou suas proteínas e valores vitamínicos.
O cerne da questão aqui é a capacidade de conservar valores quando a situação exige o contrário. A integridade só é comprovada face a circunstâncias que exigem renuncia desses valores, quando conceitos éticos e morais são colocados à prova.
Então, primeiro: a integridade humana é o resultado de valores éticos e morais adquiridos ao longo de nossa existência. Se há uma crise de integridade é porque há uma crise desses valores. Ao longo dos anos de nossa sociedade pós moderna, os conceitos desses valores tem sofrido transformações assustadoras. Vivemos uma época de troca de valores, onde o certo não o é mais, e o errado é aclamado como comportamento da modernidade. Essa mudança do pensamento hodierno influencia ferrenhamente a família, que por sua vez, vem se reformulando e ganhando status de "instituição falida". Já a igreja se tornou no ambiente propício desses efeitos, já que isto vem resultando distanciamento dos princípios bíblicos e aproximação com teologias "estranhas", mas populares.
A grande lição da integridade é manter a essência, ser fiel a princípios éticos e morais quando as circunstancias nos exigem o contrário. É não dar ouvidos ao "cântico da sereia". 
Paulo, escrevendo a Timóteo aconselhou-o a conservar, guardar, manter, pelo menos cinco vezes:
"A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro."  1 Timóteo 5:22
"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e ás oposições da falsamente chamada ciência..." 1 Timóteo 6:20
"Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras."  2 Timóteo 4:15
"Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós." 2 Timóteo 1:14
"Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus." 2 Timóteo 1:13
Paulo queria dizer a seu filho na fé que conservasse os valores adquiridos ao longo de sua vida e não os 
comprometesse com a nova ordem de valores. O pai na fé de Timóteo queria que ele fosse íntegro, 
mantivesse a essência, conservasse as "propriedades".
Em suma, para se manter a integridade, é necessário ser fiel a valores éticos e morais adquiridos. Tais valores
não são negociáveis e devem resistir às ofertas do pensamento pós moderno, confrontando as novas filosofias.





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