22 de fev. de 2017

O Contra-Texto

Não sei se "contra-texto" é uma expressão existente ou se é correto usá-la para aquilo que afirmarei neste artigo, mas chamarei de contra-texto o que considero parecer com a mesma função do contra argumento! O contra argumento é aquele que se opõe a outro, isto é, são argumentos que usamos para refutar outro argumento. Eu sei que o contra argumento pode vir em forma de texto também, logo, não precisaria usar a expressão contra texto aqui. Mas quero discutir sobre o texto que não discorda de um texto anterior, mas levanta fatos e argumentos que podem ser um apoio ao texto anterior, mas pode também ser a outra face da moeda apresentada por aquele texto e, terminar sendo um contra argumento! Exemplo: se eu fizer um texto elencando o lado ruim de uma determinada situação e um outro escritor abordar a mesma situação elencando porém, as coisas boas, o segundo poderá ser usado contra mim por quem discorda do meu discurso!
Penso que neste caso, o problema não está no que chamo aqui de contra texto, mas na covardia dos que não tem argumento e se utilizam do texto que aparentemente me contradiz ou me refuta, enaltecendo-o, na tentativa de me suprimir. O contra texto, portanto, passa a ser uma realidade não vista pelo texto anterior, mas também um forte argumento para quem não concorda com o primeiro texto. Acontece, que é preciso analisar as verdades contidas  nos dois textos e enaltecê-las, ao invés de utilizar-se de uma verdade para suprimir a outra. 
Recentemente tentei dar uma visão panorâmica do que considero ser a realidade da atual conjuntura no contexto das eleições para a Mesa Diretora da Adesal. Expressei minha indignação com o comportamento de alguns que discursam em favor da Adesal e do seu Presidente quando na verdade só querem um lugar ao sol. São figuras que atualmente não fazem nada em benefício da instituição, cujos comportamentos são reprováveis, que tentam fazer seus feudos nas igrejas onde tem influencia ou pastoreiam e se aproveitam desta ocasião para se projetarem. Meu texto chamou a atenção pelo título: Eleição da Mesa Diretora da Adesal: Muito Discurso e Muita Hipocrisia. O título causou um certo desconforto, não nego, alguns deram um apoio inexpressivo e os que não concordaram comigo se aproveitaram do texto do nobre amigo Pr. Marcos Paulo que, em certo grupo do Wahtsap, falou do significado da Adesal em sua vida, enaltecendo-a. Verdades que não destaquei em meu texto, mas que não fazem dele, uma falácia!
O texto do Pr. Marcos Paulo nos despertou até um certo sentimento de orgulho pela instituição onde aprendemos a conhecer Jesus, amá-lo e serví-lo. Posso dizer até que veio como uma calmaria no barulho que causei com as verdades que poucos tem coragem de falar! Todavia, o texto do Pastor Marcos Paulo que aqui teve a função do que estou chamando de contra texto, em nenhum momento me refutou, apenas enalteceu valores que propositalmente ocultei, face a minha indignação diante das verdades por mim apresentadas.
O texto muito bem elaborado pelo nobre Reverendo Marcos, portanto, exerceu o papel de contra - texto neste sentido, porque serviu de contra argumento para aqueles que se sentiram frontalmente atingidos pelo meu texto! As chuvas de comentários, portanto, era mais que elogiosas, era um recado para o primeiro texto!
O Pastor Marcos Paulo cumpriu seu papel, afinal, estamos muito acostumados a observar sempre o lado ruim da instituição em detrimento do bom. O problema não está no texto do nobre Reverendo, mas na maldade de quem finge elogiar com a intenção de atacar quem teve a coragem de confrontá-lo. 
Mas enfim, essa atitude covarde nada mais é que mais um elemento negativo no caráter desses que se utilizam da nossa instituição para beneficiar-se. Eles estão aí. Sempre colaboraram para que chegássemos ao estado em que estamos hoje, alguns até dificilmente se apartam dos bastidores da casa, estão sempre precisando de alguma coisa com a desculpa de que é para o bem da instituição, fazem até com que a instituição seja devedora deles (brincadeira!). Nunca se importaram e, de repente, surgem como salvadores da pátria!
Eles tem mais é que se agarrarem a argumentos alheios mesmo. São incompetentes para serem boas pessoas, como são incompetentes para contra argumentar. A eles só resta o fingimento, a tentativa de elogiar alguém para atingir outro, estão fadados à mesquinharia e à pobreza de alma!

Um comentário:

Miriam Kaori Utida Sousa disse...

Se Wycliff, Huss, Savonarola e Lutero se omitissem para não causar "desconforto" nas autoridades eclesiásticas daquela época será que teríamos a Reforma Protestante? O erro está em quem denuncia o pecado ou em quem deliberadamente os comete?

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