8 de out. de 2016

Política na Adesal: Uma Análise das Eleições 2016

Foto: Blog do Pr. Dário Gomes
Um dos graves problemas em nossa instituição tem sido o fato de ignorarmos princípios e fecharmos os olhos para erros grotescos cometidos ao longo dos anos! Isto é resultado, muitas vezes, de prepotência e arrogância, ambas responsáveis por fazer com que não admitamos nossos erros e teimemos tanto em ignorar princípios relevantes para a subsistência de nossa comunidade.
Em vídeo que postei no Youtube, pontuei alguns motivos pelos quais a Adesal (Assembleia de Deus em Salvador), não conseguiu eleger nenhum candidato. É claro que estes não são todos os motivos e que outras lideranças possam nos oferecer relevante contribuição apontando outros erros e outras situações que nos levaram a perder uma oportunidade de influenciarmos nesta cidade!
Primeiro: É preciso rever a visão que a Igreja tem de política. A maioria dos cristãos em nossa igreja ainda acredita que política é coisa do diabo e isso deve à seguinte situação:
  • A interpretações equivocadas da Bíblia: Assim como transformaram costumes em doutrina, promovendo equívcos e heresias nos sagrados ensinos da Palavra de Deus, muitas lideranças resolveram espiritualizar a política, alguns por não perceberem que eram massas de manobras e outros por pedância religiosa (aquela em que determinado líder não reconhece sua ignorância teológica e bíblica), permitindo que a obscuridade pairasse sobre temas da Bíblia que eles tiveram dificuldade em reconhecer!
  • A falta de um processo de consciência política ao longo dos anos: Essa falta de consciência política é herança de uma sociedade onde as elites teimam em manter o povo na ignorância para que eles possam decidir os destinos da sociedade e se beneficiarem com isso. O velho discurso de que "política é coisa do diabo", é muito conveniente para os poderosos que aproveitam-se da mente religiosa do povo. Com isso, o povo não se envolve, permitindo a espiritualização de temas que são pertinentes ao ser humano enquanto cidadão e parte dos processos que envolvem a sociedade. Logo, se faz necessário que se inicie um processo de consciência política na Igreja que passe pelos ensinos da Bíblia e por uma educação que fomente o despertar do olhar crítico de cada crente, tornando-o intelectualmente emancipado e capaz de decidir sem fanatismos e sem o óculos da religiosidade, mas com a consciência cristã devida.
  • A falta de Lideranças Confiáveis: É sabido de todos que a palavra chave para liderança é influência e a melhor forma de exercer influência é através do exemplo. Líderes modelos são líderes que influenciam, que se tornam formadores de opinião, as pessoas o seguem pelo que ele é e não pelo que ele pode fazer. Tais líderes se tornam confiáveis e conseguem criar caminhos para seus liderados, caminhos que serão trilhados sem temores mesmo que aconteçam situações desconfortáveis! Esta liderança confiável deve ser responsável por aquele processo de conscientização que citei acima. Uma vez que haja este tipo de liderança em nosso meio, o caminho estará aberto para um processo de consciência política que transformará as mentes e corações de nossos irmãos, tornando-os capazes de aliarem-se a um projeto ou proposta política das lideranças. Isso afastará também a velha e intolerável prática do voto de cabresto, aquele em que o eleitor é constrangido a votar em alguém!
  • Submissão: É preciso que aqueles que se dispõem  a colocar seus nomes em um pleito eleitoral devam, antes de tudo, fazer parte deste processo de consciência política fomentado e encabeçado por lideranças confiáveis, da elaboração de um projeto que vise o bem comum, e que se dispam de seus interesses pessoais em favor do todo. Aqui está um dos motivos que mais contribuíram para que perdêssemos as eleições! Enquanto as pessoas pensarem em si mesmas e não entenderem que as eleições em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal), é uma oportunidade para trabalhar pelo bem comum, gerando transformações que poderão ficar para a posteridade, teremos sempre os problemas que temos: injustiça, exclusão social, corrupção, entre outros males. Portanto, se faz necessário que a escolha de candidatos que represente o segmento, seja respeitada por aqueles que não foram contemplados pela liderança da igreja para o fazer. É preciso submissão a um projeto do segmento!
  • Unidade Partidária: A unidade partidária é interessante por causa da ideologia do partido e por causa da questão dos votos válidos na legenda. Enquanto nossos candidatos estiverem desunidos, espalhados em partidos que defendam ideologias anti cristãs e que não ofereçam oportunidade de eleição por se ignorar a questão do quociente partidário e eleitoral, amargaremos as derrotas que vem sendo repetidas desde que nossos irmãos resolveram se envolver com a política. Para saber como funciona essa questão, acesse Jusbrasil.
Temos, então, que começar "ontem" um processo que nos leve a uma transformação que resulte na mudança do desastroso quadro de 2016. Não adiantará ideias mirabolantes como a criação de um partido! Partidos já temos demais! Começar este processo apenas com discussões em círculo fechados e nada mais, será outro erro gritante. A discussão tem que sair das rodas dos que se acham entendidos e parar no meio do povo, num processo educacional inteligente, que passe pelo crivo da Palavra de Deus e que faça parte dos estudos de Escola Dominical, por exemplo, promovendo mudanças na mentalidade do povo. Depois, é preciso fazer com que a igreja acredite e faça parte de um projeto pelo bem do todo e que contribua com a sociedade e o segmento.
Vamos em frente e estejamos preparados para as eleições de 2020!

Assista ao vídeo!

Um comentário:

Celso Corsino disse...

Não Perca o rumo, estava indo bem nos artigos, politica é disputa de poder, Jesus nao se meteu nisso, igreja q toma lado partidario, perde a autoridade p a pregação, aprenda isso, foque na pregação, essa sim transforma o mundo, nao leve p o extremo, cristão nao deve ser alienado, eu me refiro a engajamento da instituição. Foi avisado. Abs. Amém

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