E era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto ao SENHOR, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito. (I Crônicas 25:7)
Basta um breve olhar em todos os textos do Antigo Testamento onde o assunto é culto a Deus, que se percebe logo uma preocupação no esmero e busca pela perfeição na liturgia.
Alguém poderá perguntar: então você acha que a liturgia deve ser conduzida por profissionais?
Quando falo de amadorismo, não estou com isto defendendo o profissionalismo, pois o mesmo "é a atividade duma pessoa que faz alguma coisa por ofício". Logo, nem sempre profissionalismo é sinônimo de perfeição. Por isso mesmo a perfeição nem sempre está presente nos trabalhos de alguns profissionais.
O profissional pode fazer algo com perfeição, mas nem sempre a perfeição será característica da obra de um profissional.
Gosto da palavra "esmero", pois ela tem haver com "cuidado máximo em fazer perfeito", "usar todos os meios (lícitos) para a excelência".
Davi, conhecendo a grandeza de Deus, buscava cultuar a Deus com esmero, insistia em apresentar o melhor, de tal maneira que se pode perceber nos episódios de adoração da vida de Davi, o zelo pela excelencia.
A Bíblia mostra o que Davi pensava sobre as coisas apresentadas a Deus. A casa de Deus, por exemplo, deveria ser "magnífica em excelência" (1 Cr. 22:5), e construída por "toda sorte de peritos em toda espécie de obra" (1 Cr. 22:15). Apesar de em alguns casos Davi contar com voluntários, esses estavam meticulosamente organizados (1Cr. 23:2-32).
A função dos levitas músicos era assunto bem definido para Davi. Neste quesito, os levitas deveriam ser devidamente instruídos e mestres em música (1 Cr. 25:7), além disso, eram homens preparados para serem liderados (1 Cr. 25:6a). Para ele o cântico a Deus deveria ser com alegria (1 Cr. 15:16), ele tinha um especialista em canto, que ensinava a "entoar" (1 Cr. 15:22,27).
Davi deixou tudo tão bem organizado que a excelencia na apresentação do louvor a Deus refletiu no reinado do seu descendente Ezequias em 2 Cr. 29:27,28 onde mostra a sincronia entre o holocausto e o "canto do Senhor".
Davi deixou uma lei tão bem elaborada para a família sacerdotal, destacando-se aí os levitas, que muitos anos depois, estes não precisaram em tempo de crise abandonar seu ministério do louvor, porque os demais levitas eram responsáveis por prover o sustento deles (2 Cr. 35:15).
Temos copiado tantas coisas da Bíblia, pregamos fervorosamente sobre algumas delas, como os dízimos por exemplo, e ignoramos algo tão relevante na Palavra de Deus que é o esmero em servir a Deus cultuando-o.
Nossos cultos tem um amadorismo que não é visto nem em apresentações mundanas. O ministério do louvor na maioria das igrejas ficou relegado a algumas pessoas de quem não se cobra e não se dá nada.
Eu observei que em 1 Cr. 25:1, o louvor é visto por Davi como um ministério e o texto usa a expressão "separou", isto é, consagrou, ungiu. Veja com que seriedade o culto era visto por Davi. Alguns dos levitas eram profetas e profetizavam enquanto entoavam seus cânticos através de seus instrumentos, veja o exemplo de 1 Cr. 25: 3. Certa vez Eliseu se sentiu inspirado em trazer uma Palavra para Josafá depois de ouvir uma canção por um harpista, algumas versões dizem "músico", outras, "tangedor" (2 Re. 3:15).
Desde a separação do levita até à sua apresentação na casa do Senhor, seja tocando ou cantando, havia um esforço por fazer tudo com excelência e isto era levado tão a sério por Deus que ele respondia usando estes homens com palavras proféticas.
Nosso desprezo por prestar a Deus o excelente, priva-nos da oportunidade de ver Deus fazer maravilhas em nosso meio.
Sem medo de errar posso afirmar, que nós, os pentecostais somos os que mais pecamos neste quesito. Valorizamos tanto o aspecto espiritual que cometemos grotescos erros em nossa liturgia. Nossos ensaios são mais para sabermos o que iremos fazer, mas não tomamos cuidado em fazer com perfeição. Temos a infeliz idéia de que, porque Deus é misericordioso, Ele aceitará qualquer coisa de nós! Contemplamos sua misericórdia e desprezamos sua magnificência e poder! O tratamos como o amigo que releva tudo e sequer procuramos saber se Ele está satisfeito.
Tenho visto apresentações na igreja que é de doer os ouvidos e deixar a alma doente. Hinos desentoados, peças mal ensaiadas, luz que nunca acende na hora certa, cd que nunca toca no tempo certo, instrumentos que ficam sempre mais altos que as vozes dos solistas (santa paciência), e temos a cara-de-pau de dizer que é para glória de Deus!!!!
Uma das definições do amadorismo é "condição daquele que não tem zelo" ou "quando se faz algo por prazer ou distração". É este tipo de amadorismo reinante em nossa liturgia.
O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se revestiu e cingiu de poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar. (Salmos 93:1)
Basta um breve olhar em todos os textos do Antigo Testamento onde o assunto é culto a Deus, que se percebe logo uma preocupação no esmero e busca pela perfeição na liturgia.
Alguém poderá perguntar: então você acha que a liturgia deve ser conduzida por profissionais?
Quando falo de amadorismo, não estou com isto defendendo o profissionalismo, pois o mesmo "é a atividade duma pessoa que faz alguma coisa por ofício". Logo, nem sempre profissionalismo é sinônimo de perfeição. Por isso mesmo a perfeição nem sempre está presente nos trabalhos de alguns profissionais.
O profissional pode fazer algo com perfeição, mas nem sempre a perfeição será característica da obra de um profissional.
Gosto da palavra "esmero", pois ela tem haver com "cuidado máximo em fazer perfeito", "usar todos os meios (lícitos) para a excelência".
Davi, conhecendo a grandeza de Deus, buscava cultuar a Deus com esmero, insistia em apresentar o melhor, de tal maneira que se pode perceber nos episódios de adoração da vida de Davi, o zelo pela excelencia.
A Bíblia mostra o que Davi pensava sobre as coisas apresentadas a Deus. A casa de Deus, por exemplo, deveria ser "magnífica em excelência" (1 Cr. 22:5), e construída por "toda sorte de peritos em toda espécie de obra" (1 Cr. 22:15). Apesar de em alguns casos Davi contar com voluntários, esses estavam meticulosamente organizados (1Cr. 23:2-32).
A função dos levitas músicos era assunto bem definido para Davi. Neste quesito, os levitas deveriam ser devidamente instruídos e mestres em música (1 Cr. 25:7), além disso, eram homens preparados para serem liderados (1 Cr. 25:6a). Para ele o cântico a Deus deveria ser com alegria (1 Cr. 15:16), ele tinha um especialista em canto, que ensinava a "entoar" (1 Cr. 15:22,27).
Davi deixou tudo tão bem organizado que a excelencia na apresentação do louvor a Deus refletiu no reinado do seu descendente Ezequias em 2 Cr. 29:27,28 onde mostra a sincronia entre o holocausto e o "canto do Senhor".
Davi deixou uma lei tão bem elaborada para a família sacerdotal, destacando-se aí os levitas, que muitos anos depois, estes não precisaram em tempo de crise abandonar seu ministério do louvor, porque os demais levitas eram responsáveis por prover o sustento deles (2 Cr. 35:15).
Temos copiado tantas coisas da Bíblia, pregamos fervorosamente sobre algumas delas, como os dízimos por exemplo, e ignoramos algo tão relevante na Palavra de Deus que é o esmero em servir a Deus cultuando-o.
Nossos cultos tem um amadorismo que não é visto nem em apresentações mundanas. O ministério do louvor na maioria das igrejas ficou relegado a algumas pessoas de quem não se cobra e não se dá nada.
Eu observei que em 1 Cr. 25:1, o louvor é visto por Davi como um ministério e o texto usa a expressão "separou", isto é, consagrou, ungiu. Veja com que seriedade o culto era visto por Davi. Alguns dos levitas eram profetas e profetizavam enquanto entoavam seus cânticos através de seus instrumentos, veja o exemplo de 1 Cr. 25: 3. Certa vez Eliseu se sentiu inspirado em trazer uma Palavra para Josafá depois de ouvir uma canção por um harpista, algumas versões dizem "músico", outras, "tangedor" (2 Re. 3:15).
Desde a separação do levita até à sua apresentação na casa do Senhor, seja tocando ou cantando, havia um esforço por fazer tudo com excelência e isto era levado tão a sério por Deus que ele respondia usando estes homens com palavras proféticas.
Nosso desprezo por prestar a Deus o excelente, priva-nos da oportunidade de ver Deus fazer maravilhas em nosso meio.
Sem medo de errar posso afirmar, que nós, os pentecostais somos os que mais pecamos neste quesito. Valorizamos tanto o aspecto espiritual que cometemos grotescos erros em nossa liturgia. Nossos ensaios são mais para sabermos o que iremos fazer, mas não tomamos cuidado em fazer com perfeição. Temos a infeliz idéia de que, porque Deus é misericordioso, Ele aceitará qualquer coisa de nós! Contemplamos sua misericórdia e desprezamos sua magnificência e poder! O tratamos como o amigo que releva tudo e sequer procuramos saber se Ele está satisfeito.
Tenho visto apresentações na igreja que é de doer os ouvidos e deixar a alma doente. Hinos desentoados, peças mal ensaiadas, luz que nunca acende na hora certa, cd que nunca toca no tempo certo, instrumentos que ficam sempre mais altos que as vozes dos solistas (santa paciência), e temos a cara-de-pau de dizer que é para glória de Deus!!!!
Uma das definições do amadorismo é "condição daquele que não tem zelo" ou "quando se faz algo por prazer ou distração". É este tipo de amadorismo reinante em nossa liturgia.
O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se revestiu e cingiu de poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar. (Salmos 93:1)
Um comentário:
Caro Pastor Raimundo,
O tema abordado é relevante, pois, trata do ambiente que deve ser propício para adoração. Como citado no artigo, nosso problema é a exacerbação do espiritual. No meu entender, dois problemas devem ser discutidos e resolvidos: 1º Melhor preparação do levita ou ministro de louvor, como queiram. Isto só com investimento de tempo e dinheiro; 2º Os Superintendentes pararem de oferecer oportunidades a "cantadores", políticos, "conferencistas" e "intinerrantes", que se infiltram no ambiente apenas com interesse de vender cd's, livros, dvd's e apostilas. Quando levarmos Deus a sério, estaremos mais preocupados com o que Ele gosta do que com o que gostamos (A Bíblia é o referencial). Aí, nossa liturgia melhora.
Fique com Deus.
Postar um comentário