
Quantas vezes, dias antes desses eventos, fazíamos manhãs de jejuns e oração, às vezes elaborávamos cartas para serem enviadas aos que se tinham afastado dos caminhos do Senhor, tal o desejo de vermos as vidas renderem-se aos pés do Senhor. No auge das festividades o pregadores convidados faziam dois apelos: um para os pecadores reconhecerem Jesus como único Salvador e outro para os crentes receberem o "dom" do Espírito Santo.
Apesar das falhas grotescas cometidas com o discipulado, a igreja vivia em razão da conversão. Tanto que parávamos para ouvir as histórias de conversões, lembra dos testemunhos dos chamados "ex isso, ex aquilo"? Apesar dos "tristemunhos" e sabermos que nossos cultos devem ter testemunhos e não ser de testemunhos, valorizávamos o testemunho porque ele era o resultado da evangelização. Eram testemunhos de conversão. Hoje os testemunhos são de bençãos. Benção do emprego, do casamento, da guinada na vida financeira e por aí vai.
Lamento dizer que a conversão vem dando lugar a adesão. Além das pessoas aderirem a uma igreja evangélica atraída pela proposta do "pare de sofrer" ou "receba tua vitória hoje", os pregadores, pastores e líderes, além de alimentarem esta expectativa, eles a disseminam.
Algumas igrejas já são fundadas (ou afundadas?) visando a adesão. Os prédios são alugados em locais estratégicos onde já se sabe que muitos poderão aderir devido à insatisfações, revoltas, etc. Coloca-se uma linda faixa na fachada do galpão alugado, compra algumas cadeiras plásticas e anuncia, por exemplo, "A segunda-feira da Vitória" com a falsa ilusão de um crescimento sabe lá do quê.
Por outro lado, uma lacuna fica cada vez maior nas igrejas evangélicas: falta ensino da Palavra de Deus, falta líderes verdadeiramente chamados por Deus, falta visão por parte da liderança, há falta de uma igreja que ofereça ao povo um norte, uma resposta. Nossos cultos se tornaram rotineiros e sem nada que nos leve a aumentar nossa intimidade devocional. Conversando com um jovem de nossa igreja ouvi ele dizer: "Pastor, nós jovens estamos sem motivo para vir a igreja, ela não está nos oferecendo nada!"
Tenho conversado com outros que vivem o drama de pecados que não conseguem dominar. Outros vivem de igreja em igreja na esperança de encontrar uma que lhe ofereça uma mão amiga. Em outro diálogo com uma jovem evangélica, ela falou-me de como é vista pelos irmãos de sua comunidade devido a sua maquiagem e jeito de se vestir e disse-me que até concorda em respeitar o perfil de sua igreja, mas não aceita a maneira como é tratada, como uma pecadora.
É aí que alguns líderes tem investido. Tenho visto aqui em Salvador pessoas sem nenhuma chamada ministerial (isto é visto por todos, não é apenas um julgamento pessoal), cujo estilo de vida não passa pelo crivo da palavra de Deus, abrirem ministérios e confiar o seu sucesso à adesão. Para isto, investem em propaganda e pagam cachês a pregadores despreparados e gananciosos para atraírem os desavisados, aos que não tem nenhuma firmeza e pobres de conhecimento da Palavra de Deus, gente que por sua vez também dará contas a Deus por buscá-lo por interesse e não por causa de suas palavras de vida eterna.
O modelo de ganhar vidas para Cristo, deu lugar ao modelo de ganhar vidas para a igreja. O número é melhor que a qualidade. Qualquer meio para estes justificam os fins.
Um pobre jovem que chegou ao ministério recentemente (Deus sabe quem foi o louco que o indicou ao ministério), gritou nos corredores de uma certa igreja: "Agora é assim, vou botar pra pocar, eu estou arrebentando, é só ir tal dia, na igreja tal, a tal hora". A minh'alma ficou perturbada e inconformada e porque não dizer: fiquei indignado!".
Vejo o fim de todos eles, não precisa ser profeta ou receber revelação divina: a frustração os espera de braços abertos e seu abraço trará o gosto da revolta, desprezo e morte espiritual.
Parece que nos acostumamos a andar do lado oposto das palavras de Paulo que dizem: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder." (I Corintios 2:4)
Apesar das falhas grotescas cometidas com o discipulado, a igreja vivia em razão da conversão. Tanto que parávamos para ouvir as histórias de conversões, lembra dos testemunhos dos chamados "ex isso, ex aquilo"? Apesar dos "tristemunhos" e sabermos que nossos cultos devem ter testemunhos e não ser de testemunhos, valorizávamos o testemunho porque ele era o resultado da evangelização. Eram testemunhos de conversão. Hoje os testemunhos são de bençãos. Benção do emprego, do casamento, da guinada na vida financeira e por aí vai.
Lamento dizer que a conversão vem dando lugar a adesão. Além das pessoas aderirem a uma igreja evangélica atraída pela proposta do "pare de sofrer" ou "receba tua vitória hoje", os pregadores, pastores e líderes, além de alimentarem esta expectativa, eles a disseminam.
Algumas igrejas já são fundadas (ou afundadas?) visando a adesão. Os prédios são alugados em locais estratégicos onde já se sabe que muitos poderão aderir devido à insatisfações, revoltas, etc. Coloca-se uma linda faixa na fachada do galpão alugado, compra algumas cadeiras plásticas e anuncia, por exemplo, "A segunda-feira da Vitória" com a falsa ilusão de um crescimento sabe lá do quê.
Por outro lado, uma lacuna fica cada vez maior nas igrejas evangélicas: falta ensino da Palavra de Deus, falta líderes verdadeiramente chamados por Deus, falta visão por parte da liderança, há falta de uma igreja que ofereça ao povo um norte, uma resposta. Nossos cultos se tornaram rotineiros e sem nada que nos leve a aumentar nossa intimidade devocional. Conversando com um jovem de nossa igreja ouvi ele dizer: "Pastor, nós jovens estamos sem motivo para vir a igreja, ela não está nos oferecendo nada!"
Tenho conversado com outros que vivem o drama de pecados que não conseguem dominar. Outros vivem de igreja em igreja na esperança de encontrar uma que lhe ofereça uma mão amiga. Em outro diálogo com uma jovem evangélica, ela falou-me de como é vista pelos irmãos de sua comunidade devido a sua maquiagem e jeito de se vestir e disse-me que até concorda em respeitar o perfil de sua igreja, mas não aceita a maneira como é tratada, como uma pecadora.
É aí que alguns líderes tem investido. Tenho visto aqui em Salvador pessoas sem nenhuma chamada ministerial (isto é visto por todos, não é apenas um julgamento pessoal), cujo estilo de vida não passa pelo crivo da palavra de Deus, abrirem ministérios e confiar o seu sucesso à adesão. Para isto, investem em propaganda e pagam cachês a pregadores despreparados e gananciosos para atraírem os desavisados, aos que não tem nenhuma firmeza e pobres de conhecimento da Palavra de Deus, gente que por sua vez também dará contas a Deus por buscá-lo por interesse e não por causa de suas palavras de vida eterna.
O modelo de ganhar vidas para Cristo, deu lugar ao modelo de ganhar vidas para a igreja. O número é melhor que a qualidade. Qualquer meio para estes justificam os fins.
Um pobre jovem que chegou ao ministério recentemente (Deus sabe quem foi o louco que o indicou ao ministério), gritou nos corredores de uma certa igreja: "Agora é assim, vou botar pra pocar, eu estou arrebentando, é só ir tal dia, na igreja tal, a tal hora". A minh'alma ficou perturbada e inconformada e porque não dizer: fiquei indignado!".
Vejo o fim de todos eles, não precisa ser profeta ou receber revelação divina: a frustração os espera de braços abertos e seu abraço trará o gosto da revolta, desprezo e morte espiritual.
Parece que nos acostumamos a andar do lado oposto das palavras de Paulo que dizem: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder." (I Corintios 2:4)
Um comentário:
É lamentavél o comentário, entretanto é uma realidade da qual não podemos negar! Nos acudaaaaaaaaaaaa Jesus!
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